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A fronteira que uma vez transposta, engloba o indivíduo na legião dos ordinários. Onde residirá esse limiar? A partir do momento em que se formula mentalmente algo reconhecível como ordinarice? Ou apenas quando se verbaliza sem pudor nem temor um pensamento dessa natureza? Residirá então o tal limiar no freio que impomos ou não à língua?
É incontestável que a formulação sem verbalização corresponde a uma situação mais abrangente, extensiva portanto a um maior número de pessoas. Maior até do que julgamos supor, dado que em consciência ninguém se encontra a salvo de uma possível ideação desse cariz.
No entanto, quem se arrisca a afirmar, e com que grau de segurança, que tudo se joga no instante em que a ordinarice é verbalizada, e que tão só esse passo basta para “fazer” o ordinário?
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