sexta-feira, agosto 31, 2012

Aniversário IDEAL Canalizador de Coimbra

O peluxeu associa-se ao aniversário da IDEAL Canalizador de Coimbra.

Cerca de 3 anos após o seu fecho, o peluxeu volta a ter um  post.

Desta vez apenas para dar nota do primeiro aniversário da unidade de Coimbra da IDEAL.

Os Parabéns aproximam-se!!

sábado, abril 25, 2009

35 anos depois

por Anselmo Borges, DN 2009-04-25


Hoje é como se vivêssemos (ou vivemos mesmo?) numa democracia deprimida. Que se passou?

Para a abertura da exposição "Abril, ânimos mil", na Galeria da Associação 25 de Abril, em Lisboa, António Colaço desafiou-me para um intróito: "De que falamos, quando falamos de ânimo?"

1. A identidade humana é narrativa. Mas a história narrada de cada um(a) é sempre incomensuravelmente incompleta, pois seria preciso narrar a história do universo todo, donde vimos e onde somos, até ao big bang - a grande explosão. O universo é dinamismo, que se vai configurando em estruturas cada vez mais complexas, numa história com 13.700 milhões de anos e aberta.

De que falamos, quando falamos de ânimo? Deste dinamismo cósmico que se autoconfigura, da cosmogénese, da biogénese, da hominização. Deste dinamismo em luxo e luxúria, presente em milhares de milhões de galáxias e em expansão.

2. A estrutura mais complexa que conhecemos é o Homem. De que falamos, quando falamos de ânimo? Do Homem, no dinamismo da liberdade, com duas possibilidades: liberdade criadora e liberdade destruidora. O dinamismo do mundo, agora consciente e livre, na e pela relação, constrói; curvado sobre si mesmo, devora-se e destrói.

3. De que falamos, quando falamos de ânimo? Do amor cósmico, esse amor que tudo move, como disse Dante. É também esse amor - energia e dinamismo - que une a história dos povos. Por causa da liberdade, também eles criam e dinamizam ou oprimem e destroem.

De que falamos, quando falamos de ânimo? Também falamos da Revolução dos Cravos, de Abril. Foi o júbilo do "dia inicial inteiro e limpo", sob o desígnio de democratizar, descolonizar, desenvolver.

E assim se fez, mesmo se a descolonização foi inevitavelmente dramática, a democratização feita aos solavancos, o desenvolvimento, pouco e sobretudo pouco racional. Mas o que éramos e o que somos!... Não há nada que pague a liberdade, a democracia, recuo do analfabetismo, fraternidade de povos, igualdade de homens e mulheres. É disso que falamos, quando falamos de ânimo.

4. Mas, hoje, é como se vivêssemos (ou vivemos mesmo?) numa democracia deprimida, quase impotente, sem ânimo. Que se passou?

Ele foi a sofreguidão do ter sobre o ser, na ganância louca do consumo de teres, na perda de valores fundamentais, da honra, da dignidade e do espírito. Continua vivo o individualismo dos portugueses: não conseguimos interiorizar que o que é bom para Portugal é bom para mim. A situação do ensino não é felicitante. Ah!, aquela abertura apressada e sem critério de Universidades, para ganhar eleições! O fosso entre os muito ricos e os muitos pobres é cada vez mais fundo e parece que o maior da União. A corrupção campeia. Quem acredita ainda no sistema judicial? E os jovens desinteressam-se pela política, como que para evitar um lugar mal frequentado. Que Abril foi esse que, passados 35 anos, ainda permite 2 milhões de pobres? E quem sabe o que vem aí?

Ainda é de ânimo que falamos, quando o que nos visita é o desânimo? Sim, é ainda de ânimo, se o desânimo se tornar força dialéctica para a sua autosuperação.

5. O que aqui nos trouxe foi a arte. Sem beleza, não há salvação. O artista imita a natureza: não a natureza naturada, mas a natureza naturante, o dinamismo e o ânimo que habitam o universo enquanto força criadora originária. O artista é, por isso, génio: gera beleza a partir da fonte dinâmica do mundo e anima a esperança.

O mundo não é estático: está em processo e é processo. As suas possibilidades ainda se não esgotaram, e essa é a razão por que o ânimo não é apenas psicológico, mas ontológico, da ordem do ser. O processo do mundo ainda não transitou em julgado. Abril também não. Caídas as máscaras, poderemos reencontrar o ânimo daquela manhã primeira. Se foi possível no passado, porque não há-de sê-lo no presente e para o futuro?

A beleza abre ao futuro e à Transcendência e é promessa de ânimo, mesmo quando faz falar a arma da crítica e da sátira político-social. É disso que falamos, quando falamos de ânimo.

sábado, março 07, 2009

O bónus da prova

Fernanda Câncio, DN 2009/03/07
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Há semanas, Ferreira Fernandes escreveu, neste jornal, a súmula exacta do meu pensamento sobre a crise económica e financeira mundial. Algo como "Não percebo nada de economia e finanças. Mas fiquei a perceber que ninguém, a começar pelos que eram supostos perceber, percebe". Cito de memória e torço um bocadinho, como é uso quando se cita de memória: há sempre um encontro entre o que o outro diz e aquilo que nós diríamos ou gostávamos que ele dissesse. Como nos casos em que duas pessoas se lembram de uma conversa em versões completamente diferentes. Como no caso do relato do encontro entre Dias Loureiro e António Marta, então vice-presidente do Banco de Portugal, a propósito do BPN. É só um exemplo.


É um exemplo e nem sequer é muito importante: na verdade, como cidadã, contribuinte e jornalista, não estou particularmente interessada na conversa entre Dias Loureiro e Marta. E não me interessa porque o que quero saber é o motivo pelo qual a regulação portuguesa não logrou detectar e denunciar as falcatruas que, a crer no que se tem revelado nas audições parlamentares, se passavam no BPN, como as regulações do mundo todo não conseguiram ou não quiseram denunciar as falcatruas que se passavam nas mais poderosas e aparentemente respeitáveis instituições financeiras. Mais: eu queria saber - se conseguir perceber - como é possível que, aparentemente, a generalidade das instituições financeiras tenham passado os últimos anos a funcionar em termos que só podem ser caracterizados como estando no limiar da burla e da ladroagem, quando não milhas adentro do território. E queria perceber - sendo certo que é impossível - como se explica que assim continuem. Na revista Vanity Fair de Março, Michael Shnayerson conta como, após empocharem 700 mil milhões de dólares de dinheiro público que os salvaram da falência, os grandes bancos e seguradoras americanos, como a Merrill Lynch e a AIG, continuam a distribuir milhões em bónus às administrações e a uma parte dos seus funcionários. Shnayerson cita o exemplo de John Thain, CEO da Merrill Lynch, que em Dezembro de 2008, depois de vender a firma ao Banco da América por 50 mil milhões, o que pode implicar a perda de 30 mil empregos, "fez saber" que achava merecer um bonuzito de 10 milhões. A pretensão indignou toda a gente, levando uma série de (ir)responsáveis de instituições salvas com fundos públicos a jurar que em 2009 não ia haver bónus para ninguém. Sucede que, como o artigo demonstra, há e houve bónus, mais ou menos secretos. Esta total cupidez, aliada à incapacidade dos reguladores e do governo de acompanharem a atribuição de fundos com regras que impeçam tal pouca vergonha, é não só a mais eloquente explicação do desastre como o melhor retrato do sistema. Para os financeiros americanos (e todos?) é impensável relacionar coisas tão abstractas como os prejuízos das empresas que levaram à falência e o esforço do país para as salvar com os seus muito concretos proventos. A culpa não é deles: habituaram-nos assim.


terça-feira, dezembro 02, 2008

Art of Noise - The Seduction of Claude Debussy (1999)

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«"The Seduction of Claude Debussy" is not just a remarkable musical triumph, it is doubly so given how easily the whole thing could have collapsed under the weight of its considerable hubris. The Art of Noise are not exactly bashful, and here they are even less so than usual as they attempt what amounts to an electronica Debussy cover album. On top of it all, John Hurt provides highly stylized narration interspersed in the lulls and even sometimes during the most heightened drama of the album, describing Debussy's life and artistic brilliance, referencing half-known poets and the like. This project could have been totally dire in less capable hands, but fortunately Art of Noise knows what they're doing.
The source of strength of this release is that it is an album, not a collection of weak Debussy remixes. No techno-ridden piano-and-string loops here. Instead we have luscious piano cascades and classical guitar and mighty string crescendos flowing beautifully over ambience, dub beats and jackhammer drillnbass alike. After all, it wouldn't be enough for Art of Noise to put new beats to old music. After declaring at the end of "Il Pleure" that Debussy "was the revolutionary that set 20th century music on its way," they could do nothing less than give us a full and rich sampling of the entire palette of 20th century music, from jazz to bubblegum pop to dub and drum and bass to hip hop. Anything less would be an insult their chosen subject and hero.
For the most part, they succeed, although I personally found the rapper Rakim's surprising arrival in the middle of Track 6 [Rapt: In The Evening Air] to be a little jarring.
Most importantly, though, is that "Seduction" doesn't just work as an artistic concept, it works as music. It is a beautiful composition, with rich arrangements and terrific mixing, and covering an impressive degree of ground, never growing repetitive, always original and filled with aggressive experimentation and originality. I can't imagine whether Debussy himself would have liked or hated it, but what is probably certain is that he would not have been bored by it.»
[texto de Joseph Geni]

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(faixa 8 - The Holy Egoism Of Genius)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Puro lirismo























Faltam-me, por enquanto, as palavras para falar sobre este filme. Venham as que vierem, faltar-me-ão sempre as que lhe farão justiça.


Dia dos namorados

Hoje é aquele dia chato.

Para os que namoram e pensam em oferecer algo e ainda não encontraram esse algo faço apenas uma sugestão. Ofereçam ao outro uma massagem a dois. Em Coimbra, sugiro o Beauty Stetik & SPA em Celas. Para hoje já não é possível, obviamente, mas a prenda não tem que ser recebida hoje...

Para os que não namoram, o melhor presente no dia de hoje é sem dúvida um mimo. De preferência em casa, sem casais a cada esquina. E, no dia em que começa o Festival Internacional do Chocolate em Óbidos, sugiro umas degustações do dito cujo em casa, com um bom livro, um bom filme ou uma boa música.

Quem é amigo, hem?

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Eyes of lust












Fritz Lang, Metropolis (1927)
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sábado, janeiro 19, 2008

Fim de semana

Hoje não tenho grandes sugestões para este fim de semana que já vai avançado... A internet voltou a pregar-me uma partida e continuo com uns problemazitos no acesso...
Daqui a pouco, ao meio-dia, dividam-se um pouco para ouvir, na rádio, claro, uma entrevista ao Manuel Alegre, penso que na Antena 1 e uma reportagem sobre as gravuras de Foz Coa na TSF.

As boas noticias são que talvez seja o próximo fim-de-semana que me vai finalmente trazer a visita à exposição do Hermitage em Lisboa.
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domingo, janeiro 13, 2008

Falemos de trabalho...

Gostamos todos muito de aproveitar a vida. Gostamos todos muito de viver o essencial da vida e de evitar o supérfluo. Olhando em redor é fácil encontrar o mundo de gente que se queixa do excesso de trabalho. Tudo trabalha demais; e na realidade tudo gosta do conforto de trabalhar demais. Dá conforto a quantidade extra de notas na carteira e dá conforto a falta de tempo e a monotonia causada pelo bulir do dia-a-dia e do ritmo casa-trabalho, trabalho-casa.

E digo isto em paz... Já trabalhei muito e por isso ganhei também muito. Felizmente por pouco tempo. Recentemente mudei a minha vida profissional. Informei a entidade patronal de que não pretendia renovar o meu contrato. Procurei novo emprego e estou de novo a trabalhar. Ganho menos. Trabalho menos. Chateio-me menos. Não estou ainda satisfeito. Preciso de ganhar ainda menos e de trabalhar menos. Preciso de focar a mente no que é essencial. O equilibrio entre contas a pagar e felicidade é algo dificil mas tenho a certeza que não se traduz numa escalão de 18% no IRS.

De certo modo dá algum conforto ouvir o mundo; nesses tempos em que trabalhei muito, um belo dia, um colega de trabalho queixou-se da chatice que era ter que fazer a noite e trabalhar o dia inteiro a seguir. Outro colega de imediato disparou uma proposta de troca. E a resposta surgiu num sussurro de silêncio - vil metal. Dá um certo conforto ouvir o mundo. E faz sorrir.

Imagem retirada de Puro Veneno

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sexta-feira, janeiro 11, 2008

Sugestões de fim-de-semana

Ora voltemos então aos poucos aos blogs e para isso talvez pela forma mais fácil, a das sugestões para o fim-de-semana:

1 - Ouvir, amanhã, na TSF entre as 12 e as 13 um programa sobre o Mosteiro de Tibães em Braga

2 - Visitar a exposição do Hermitage patente no Palácio da Ajuda, em Lisboa, até 17 de Fevereiro

3 - Dar um saltinho a Montalegre visitar a Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso, até 29 de Janeiro.

4 - Parar um pouco a vida. Aspirar a casa. Tirar o pó com calma. Folhear um dos livros da estante a limpar. Sentar no sofá e ler meia-dúzia de linhas. E voltar a colocá-lo na estante. Tirar pó com calma. Ouvir o vento lá fora. Parar um pouco a vida.
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segunda-feira, dezembro 17, 2007

"These"

are the desolate, dark weeks
when nature in its barrenness
equals the stupidity of man.

The year plunges into night
and the heart plunges
lower than night

to an empty, windswept place
without sun, stars or moon
but a peculiar light as of thought

that spins a dark fire –
whirling upon itself until,
in the cold, it kindles

to make a man aware of nothing
that he knows, not loneliness
itself – Not a ghost but

would be embraced – emptiness,
despair – (They
whine and whistle) among

the flashes and booms of war;
houses of whose rooms
the cold is greater than can be thought,

the people gone that we loved,
the beds lying empty, the couches
damp, the chairs unused –

Hide it away somewhere
out of the mind, let it get roots
and grow, unrelated to jealous

ears and eyes – for itself.
In this mine they come to dig – all.
Is this the counterfoil to sweetest

music? The source of poetry that
seeing the clock stopped, says,
The clock has stopped

that ticked yesterday so well?
and hears the sound of lakewater
splashing – that is now stone.
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William Carlos Williams
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Raios partam isto tudo!


Raio! É o que vos posso dizer a todos. Raios partam isto tudo... Onde andais vós todos, isolados nas vossas grutas?, seus grotescos engrutados... Perdoai quem possa não se rever na assunção... Pois bem, já passou um ano e nada li... que caiu disse-me no esquecimento para mais não se levantar, já não interessa, andam aí uns problemas tristes que mudam tudo... Está bem, correcto, e eu que estou aqui em mera parasitância, que nem conheço a maioria de vós, que direito me assiste de vir aqui mandar um grito?... Assiste-me porque estou aqui e deixo-vos este raio que lembra não sei que paragens esquecidas de mim mesma... Raios partam tudo isto... e vocês se por aqui passem nem que daqui a um ano, rasguem o silêncio com um outro raio, que se reveja no líquido da água do rio que não passa, detido que está em lente...

Bem hajam.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Aprendizagem por infecção ou por imersão

Por infecção: o professor inocula o aluno com um número limitado de bactérias. Estas - por mau hábito, preguiça e borgas -, vão permanecendo em latência ao longo do semestre. Na época de exames eclode a infecção. Feito o exame: nem período de convalescença nem nada - reabilitação total como se não tivesse havido surto infeccioso.
Por imersão: o aluno é submetido a um banho de informação. Ao início a água arrepia de tão fria. Ele debate-se por alguma saída. Nesse esbracejar gera-se calor que vai a pouco e pouco sendo transmitido às águas por via dos músculos. O esforço acaba por ser recompensado com a visão das escaditas que lhe permitem sair. Atrás de si fica um rasto de vapor que persiste.
(Metáforas inspiradas nas palavras de um professor.)
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domingo, novembro 12, 2006

Ice Age



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Fechar a porta de uma casa de gelo, para reflectir... sempre que a porta abre ficamos parados a olhar para o que virá de fora.


Procurar um sentido, uma determinação, quando o mundo é determinado pelo acaso. O que torna a vida um paradoxo gigante.

Nos dias de tempestade a porta está fechada, mas não trancada, porque existe sempre lugar para o renascimento no clima mais agreste, na presença do calor de amizade de quem nos ama.

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sexta-feira, outubro 13, 2006

Backup

Inicio do peluxeu: Maio de 2006

Postagens no peluxeu: 72 ou 73
Data provavel do fim dos posts no peluxeu: 15 de Novembro.

Um especial abraço no meu dia do adeus a este blog ao Fábio.

Sexta-feira 13 - The end?

Será que o dia 13 trará o inexorável fim do peluxeu? As postagens têm vindo a diminuir e torna-se premente colocar tudo em causa. Este vinha sendo um blog cujo potencial vinha crescendo. Havia aqui um pequeno grande eu. Parece-me que essa mistica do potencial peluxeu tem vindo a perder o sentido.
Nunca gostei de tudo o que se arrasta. Nunca gostei de o que se arrasta quando se torna evidente que está esgostado. Para já este projecto parece estar esgotado e o que se esgota...
Neste momento já não é um projecto exclusivamente meu. Não posso por isso "fechar" um projecto comum só porque eu acho que chegou o momento de o terminar. Vamos ver o feed-back, mas acho que hoje é o inicio do fim deste projecto. Outros virão, obviamente. Temos uma grande massa que criou este peluxeu.
Atingiram-se dois grandes objectivos: reuniram-se amigos mais ou menos distantes; conseguiu-se prever que podemos não criar um grupo de jazz chamado bug (jazz?) mas certamente podemos criar algo bastante válido.
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Espero o que o futuro do ex-peluxeu(?) nos trará.

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quinta-feira, outubro 05, 2006

Perder amigos

É algo incrivel a facilidade como podemos perder um amigo. Os motivos são sempre diversos mas, em última análise, tudo acaba por advir da importância relativa das coisas e das relações. Hoje podemos ter uma relação óptima com alguém e amanhã e entretanto as prioridades mudam e essa relação hoje óptima passa a razoável ou a nula. Este tipo de percepção sempre me assusta terrivelmente. Não tanto pela perda em si. A perda é algo que dói, mas ainda assim não é para mim essa a parte do terrivelmente. A parte do terrivelmente é sem dúvida a necessidade de rever a intensidade da relação antes da alteração.
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Será que a alteração ocorreria na mesma se a relação fosse outro, mais forte? Será que há pessoas para amizades a prazo? Será que somos nós que tendemos para as amizades a prazo?

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As nossas audiências

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Aqui vai um poste com objectivos elevados. Tendo em conta o objectivo ainda em vigor de atingir o 1 milhar de visitas diárias, acho que o pessoal que visita o peluxeu deve ir insistindo e aparecer e aparecer e aparecer...
Estamos quase lá pessoal!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Bridge


Hoje foi o último dia da minha estadia de 4 anos numa residência universitária. Provisoriamente moro num quarto alugado até que o meu apartamento esteja prontinho. Época de transição, portanto - uma ponte que me levará para uma vida bem diferente de toda a minha vida anterior. Mas calma, ainda não a atravessei. Inicio a travessia com passo certo.


As mudanças sentem-se. Por mais pequena que uma mudança seja, ela nota-se até ao fundo da alma. A perda de alguém é certamente a mais dura e o ganhar alguém certamente a mais doce. As outras ficam algures perdidas no meio.
São quase sempre necessárias e quase sempre nos fazem bem. Até mesmo a perda.

Um abraço para ti Fábio que não irás perder ninguém e que nos terás sempre por perto.



domingo, outubro 01, 2006

Qualquer Música


.Qualquer Música.



Qualquer música, ah, qualquer,

Logo que me tire da alma

Esta incerteza que quer

Qualquer impossível calma!.



Qualquer música - guitarra,

Viola, harmônio, realejo...

Um canto que se desgarra...

Um sonho em que nada vejo....



Qualquer coisa que não vida!

Jota, fado, a confusão

Da última dança vivida...

Que eu não sinta o coração!.



Fernando Pessoa.


A última recruta e sempre atrasada... apresenta-se ao serviço... aproveito para recordar que hoje se comemora o Dia Mundial da Música com um poema de Fernando Pessoa, porque os peluxes também apreciam as melhores coisas da vida em que a música e a poesia são definitivamente duas delas...
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Modelling in prime time?

Uma pergunta premente a que urge responder. Tão premente que levou a que acordasse a meio da noite no maior dos sobressaltos**. Eu que raramente vejo TV e que até posto umas coisas anti-essa-cena**; eu que das poucas vezes em que lhe ponho os olhos em cima** raramente cedo à delícia que é assistir a uma novela, acordei com uma daquelas dúvidas existenciais de tirar o sono (e com um ligeiro travo a morango ainda por cima**): porque raio me parece haver cada vez mais pose em detrimento da verdadeira actuação nas novelas da wave açucarada?** Isto é o S.O.S. de alguém que precisa urgentemente de resposta, sem a qual jamais voltará a conseguir pregar olho no sono.
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** P-e-t-a!
** Mais um palavrão todo a-travessado de pretensiosismo.
** Parece que para essas coisas tenho a mania de quem só sabe olhar de cima.
** O "ainda por cima" corresponde a uma apreciação bastante subjectiva: sou o Cookie Monster dos morangos (sabem?... aquele fruto vermelho no qual os poetas "opiados" teimavam ver doces lábios), ou, em situação muito diversa, sou simplesmente Monster - daqueles que tapam os olhos** mal se deparam com um morango falsificado, apesar de todo o aparato da embalagem.
** O quê? Tanta coisa só para perguntar isto?
** Há coisas** que até aos monstros metem medo**.
** Leia-se: actuações.
** A voz da consciência diz-me: "não sejas mauzinho, tá?!" e pede-me para retirar esta parte, mas tenho sono e o S.O.S tem de parecer pujante, né?.
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sexta-feira, setembro 29, 2006

Do spot anti-TV ao sacerdote-conselheiro matrimonial

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.A TV pode ser um escape (para outra dimensão... geralmente mais imbecilóide), um entretém (com qualidade só em muito raras ocasiões), quando muito um paliativo ilusório para a solidão, mas nunca um substituto à altura do que vale a pena ser vivido. A mão que ela nos parece estender nas horas solitárias é interesseira: a TV não é amiga de ninguém, finge que nos adora na justa medida em que lhe podemos ser úteis. E ser-se útil para a TV, como para qualquer outra empresa, resume-se ao nosso poder de compra, à nossa condição de consumidor em potência e ao automatismo com que as operadoras de marketing e de SMS esperam que reajamos aos seus anúncios. Se estiver ao seu alcance, a TV, com a sua verve incontrolável e a sua vontade dominadora, acabará por escravizar cada um dos nossos neurónios e formatá-los para uma máxima resposta aos seus cada vez mais sugestivos e elaborados spot’s publicitários. Além disso é uma mão que, se consentirmos, não nos deixa crescer, que lentamente cria amarras e nos afasta do exterior, nos afasta do contacto com o outro..




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Mesmo nesta suposta era de personificação - que vai de caso real em caso real (que os desenterra não se sabe bem de onde, nem com que fins, para depois voltar a enterrá-los nas valas comuns do esquecimento) -, os laços de proximidade que pretende criar são, na maior parte dos casos, meramente artificiais. A lágrima fácil para com os dramas alheios - sem duvidar da sua sinceridade no momento – não traz, na maior parte dos casos, benefícios (em termos de ajudas concretas) para as pessoas visadas. As operadoras de TV estão perfeitamente conscientes que a exploração desses casos ditos da vida, desperta a curiosidade e a atenção das pessoas, garantindo assim um filão quase inesgotável de audiências. Sabem que há nisso uma forma de catarse pessoal, para lavarmos a própria alma dos nossos problemas e pensar: “Puxa! Olhem só para estes... E eu ainda me queixo!”
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Voltando ao tema da mão alienante. Todos nós já ouvimos histórias de velhinhas não saberem muito bem onde param as fronteiras entre a realidade e a ficção. (Se bem que nessas idades não é preciso ir para o capítulo da TV para desenterrar casos de semelhante desnorte). Pessoalmente conheço um caso, em que a dita pessoa julgava que uma cena de castigos corporais numa telenovela era mesmo real. Mesmo com as nossas explicações, nem por isso ficou convencida de que era mera ficção. Prefiro não falar do impacto sobre mentes sugestionáveis, como o das crianças. Não tenho conhecimentos para tal. Nem para isso nem para o que já dissse até agora, mas pronto... Tenho que postar alguma coisa, não é? Senão mais dia, menos dia sujeito-me à vergonha pública*1 de perder as divisas da Irmandade do Peluche.
Voltando ao spot ou post, como quiserem... Há algo que me irrita um pouco: a questão das prioridades-mal-elencadas*2: quantas pessoas não interrompem uma conversa, para seguir atentamente a sua novela ou o seu futebol? Mas isto é transversal a todas as gerações, sem querer colocar as pessoas todas no mesmo saco*3, obviamente. Deixar de estar com as pessoas de quem gostamos, para se prostrar frente à TV. Mas isso faz algum sentido? É claro que também existem formas salutares de ver TV e de partilhar em conjunto bons momentos frente à caixinha. Não é isso que está em causa.
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Faz-me uma certa impressão que certos casais cedam à superficialidade da TV e que lentamente a vão importando para o seio da sua própria relação. Sem se darem conta vão falando cada vez menos do que verdadeiramente interessa, vão partilhando cada vez menos as suas experiências diárias, os seus sentimentos, como se fosse um dado adquirido conhecerem-se inteiramente e já não haver nada mais para descobrirem um no outro. Uma pessoa, olhando de fora (pode ser da janela da sala, mas certifiquem-se com antecedência, por exemplo quando o casal não estiver em casa, que pelas frinchas do estores dá para ver alguma coisa), até pode pensar que o casal vê mais motivos de interesse na TV do que nele próprios. Espectáculo nada agradável de se assistir. E depois deixam-se estar ali na modorra a mandarem aqui e ali umas bocas, umas piadas, pá! e chamam nomes aos vilões das telenovelas e mandam o árbitro sempre para o mesmo sítio. E o que se segue a isto? Xixi cama e com sorte algo mais. O cansaço não explica tudo, não chega para explicar como é que se encalha nesta rotina. Digo eu.
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Agora*4 é que me estou a dar conta de que isto começou por ser um spot anti-TV e foi ganhando contornos*5 muito diferentes. Para além de ainda não ter dito nada de jeito, parece-me que estava prestes prestes a adoptar*6 a linguagem de um conselheiro matrimonial. A minha vasta experiência na matéria desaconselha-me terminantemente que prossiga por esse caminho. Ou talvez não, caso tão cedo não consiga arranjar trabalho... Humm.. Pensando melhor, talvez não venha a ser uma surpresa assim tão grande, se um dia se depararem na secção dos classificados com um anúncio do género: «Cláudio Jesus, opera verdadeiros milagres no reacender da chama matrimonial.» Isto com foto condizente: ar tisnado, profusão de colares e chocalhos e a imprescindível túnica branca (a preto e branco fica fixe e depois dá um ar digno e sacerdotal). De facto, salvar os laços do matrimónio é tarefa bem mais complexa e árdua (e para a classe dos conselheiros, felizmente mais onerosa) do que a cerimónia do casamento em si, daí que reivindicar o título de sacerdote-conselheiro matrimonial me pareça inteiramente justo. Por esse prisma, um conselheiro devia ser mais sacerdote do que um padre. Os que acham a ideia descabida, reparem só: um padre, ao contrário do conselheiro, tem a papinha toda a feita - os noivos estão de bem um como o outro (convém, não é), de mãos dadas e tudo (até certo ponto da cerimónia, é certo), estão lá porque querem mesmo dar o nó (não estamos numa telenovela, pois não?), é portanto improvável que estejam ali forçados (a menos que tenha havido algum percalço uns meses antes com a questão dos preservativos... e há deles duvidosos... pois se até em barbearias se vendem). Continuando. Não foi o padre que juntou os noivos com argumentos, nem com falinhas mansas, pois não? Já o conselheiro tem que penar e puxar pela verborreia*7 para tornar a unir o que parecia condenado à desunião. O padre lá por balbuciar umas palavras, levantar os braços, roçar a batina pelo chão, assistir a um beijo e pouco mais, é mais sacerdote e sabido nos mistérios do matrimónio? Como pode? Depois disto, quem é que merece o título de sacerdote matrimonial? Quem?
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*1)
Sete pessoas na pelucholândia já é público... Mas olha Luís, tem lá paciência, mas a ti não te deixo entrar... és manifestamente menor de idade e a pelucholândia não é para brincadeiras.
*2) Mais um palavrão que nasce da junção de várias palavras por travessões. O rapaz deve julgar que com isso consegue dar a aparência de uma nova entidade semântica e de um significado mais transcendente (que na verdade não tem)... O que fazer? O rapaz tem a mania...
*3) Se bem me lembro, quem punha tudo no mesmo saco era o sr. Bicho Papão e o Pai Natal.
*4) De como começou dei-me conta logo ao início, não foi só agora, visto que foi com essa intenção que o comecei... é daquelas verdades Lapalice.
*5) Não é o que possam pensar... os contornos rectilíneos da TV não se foram arredondando, nem curvando dengosamente... Nada desse teor! Este é um post que começou sério, que sim senhor ameaça descoser-se de cima abaixo (fiquem descansados que eu cubro os custos das costuras do nosso peluche), mas descambar é que não.
*6) Sim, eles falam de tal modo que a linguagem deles (tadinha!) só pode ser órfã... e, como até tenho um fundo bom, inconscientemente comecei a adoptá-la.
*7) Se se fizer um estudo suficientemente abrangente, tenho um feeling que se chegará à conclusão que um grande número de conselheiros matrimoniais começou por estagiar em call-centers.
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quinta-feira, setembro 28, 2006

♫♪♫ Três notas:

1 – Durante o próximo fim-de-semana deixarei de pertencer à categoria dos “veteranos”. A minha passagem ao quadro dos recrutas terá efeitos imediatos e ficarei apenas com algumas actividades extra relacionadas com a gestão da caserna em estreita colaboração com o companheiro C.


2 – Na sequência do assalto ao meu carrito e da presença de uma série de fios no local do meu auto-rádio, leio manuais de auto-ajuda; bons, diga-se de passagem.


3 - Dois meses de desemprego forçado.


quarta-feira, setembro 27, 2006

Diário de peluche em dia de folga

Andar por aí.Esquecer-me do tempo.Cansar-me em busca.Comprar ilusões num quiosque e não ter a quem as vender depois.Ler no diário que o universo de pelúcia se desmorona por "dá-cá-aquele-borboto", que pelotões de irmãos Equipados a rigor se degladiam em nome de uma causa que nada lhes diz. Que magotes de peluxes engravatados dão largas à voz em discursos vazios e inconsequentes ditos em tom triunfal e muito senhor de si.Perceber que há peluches que são tratados como objectos, que se vendem como se fossem produto de supermercado.Aprender que a dor do peluche-individual não interessa para nada nem a ninguém, como se o peluche colectivo fosse a essência e não exactamente o contrário - a essência somada dos peluches únicos é que logra constituir a sociedade global.Perceber que vivo num país de peluches tristes e reivindicativos, que pouco mais reivindicam que o uso de amaciador para amenizar a passagem dos dias.Perceber que tudo é legitimado em função das estranhas e egotistas vontades de um peluche assombrado e mal amanhado a quem toda a gente trata reverentemente e que dá pelo nome de : Sr. Henrique Cimento.Perceber que a ignorância e a hipocrisia dominam, e que o pseudo-intelectual se enche de glórias.

Deixem-me ficar mais um pouco encostadinho ao poste, por favor. Preciso de recuperar.
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terça-feira, setembro 26, 2006

O rumo (I) ?

Crescimento acumulado nos últimos 5 anos:

  • Espanha 16,3%
  • Portugal 2,2%

"Não há ventos propícios quando não se sabe o porto para onde se quer ir"

- Séneca -
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Eu hoje?



segunda-feira, setembro 25, 2006

Quinta da Geia, Aldeia das Dez




.Gosto da imagem da Serra ao longe. Compreendo finalmente o que diz o Vergilio Ferreira sobre a imponência da Serra. Olho para o lado e sinto que a companhia é perfeita. Passamos pela ponte das três entradas e seguimos rumo à Aldeia Das Dez até chegar à quinta. E a imagem impressiona desde logo..

.A Quinta da Geia é um espaço que não se pode descrever. Não é único, mas para quem chega torna-se desde logo único. É certamente um dos espaços ideais para uma ida a dois. É realmente fácil sentirmo-nos afastados de todo o mundo e ainda assim sentirmo-nos em casa. É um local onde a estadia se torna cara ( quarto single mais barato a 55€ por noite e apartamento para 4 pessoas por 100€). Para a classe média alta trata-se de um sítio onde apenas se pode ir poucas vezes. Ainda assim....

.Aproveito aqui o momento para um pequeno conselho. Chegámos à quinta por volta das quatro horas. Tinhamos pensado em fazer check-in e ir até Piodão que merece sem dúvida uma visita. O tempo não estava mau e por isso parecia ser uma boa opção. Mas... mas... e não fomos. Ficámos ali, a saborear o lugar. Com a serra do Açor aos nossos pés e sem nada, sem ninguém por perto. Dois dálmatas com a sua vida própria e que ora nos tratam com a simpatia de quem gosta de umas festinhas ora nos tratam como parte da paisagem e tudo isto torna o lugar mágico..

E qual é então o conselho? Fiquem. Não corram para lado nenhum. Aproveitem cada momento. Ali ou noutro lugar qualquer. De que serve ver 100 locais diferentes se não aproveitarem nenhum?
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Gostei. Gostei muito. Fica agora a memória e a esperança de um dia voltar. Fica a certeza de ser um sítio perfeito, com a pessoa perfeita.
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Museu do Pão, Seia


A saída pela manhã - que é como estas coisas devem ser - no sábado levou-nos até Seia e até ao museu do Pão. Estamos em Portugal e creio que não sabemos avaliar bem o potencial que temos. O museu do Pão deve ser um dos sítios mais fantásticos de Seia (página web aqui).
A Serra da Estrela é realmente imponente e está logo ali ao virar de uma curva, mas ainda assim, o museu do Pão merece per si uma visita. Tudo ali é muito característico e a fazer lembrar o antigamente. Há música que lembra a época medieval e tudo foi feito de modo a parecer integrado e sem que nada pareça estar fora do sítio.
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O restaurante não é barato mas não é exorbitante ( 14,5 € excluindo bebidas mas comendo enquanto se tiver vontade). A comida é óptima e apenas apetecer ter um estômago mais volumoso. Calhou ter a sorte de lá almoçar.
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O atendimento, a comida, a sorte de uma mesa junto à janela, a decoração, o pequeno riacho que passa sob os nossos pés - é preciso dizer mais?
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sexta-feira, setembro 22, 2006

As meninas do peluxeu



Aproveito apenas para recordar que são ambas livres para participar e, caso seja uma questão de mera vestimenta, aproveito para informar que nos vestiários da caserna feminina até estão uns trapos bastante sexy's destinados às meninas que os desejem...

PS - O presidente do Centro Nacional de Cultura todas as semanas escolhe e recomenda um livro. Quem quizer pode ler estas sugestões no site do CNC.

Fátima Felgueiras


Revi ontem as imagens da apoteótica chegada da Fátima Felgueiras ao aeroporto depois da sua estadia de dois anos no Brasil, durante a qual existia em Portugal um mandato de captura em seu nome. Essencialmente fiquei triste a olhar para a TV e a pensar para mim próprio que assim realmente não vamos a lado nenhum.


Continuo com a certeza de que podemos mudar o ensino, a justiça, os transportes e tantas outras coisas que, não mudando a mentalidade, não vamos lá...É claro que a questão é óbvia - e podemos verdadeiramente mudar o ensino, a justiça, os transportes e tantas outras coisas sem primeiro mudarmos as mentalidades?


quarta-feira, setembro 20, 2006

Novo calendário Peluxeu©

Por vezes somos atingidos pelo facto de que para evoluir na carreira há que apresentar uns trabalhos, ir a umas reuniões, almoços...Sempre achei curioso isto dos congressos. Pelo menos na minha área. É tão giro verificar que se trata sobretudo de uma actividade social. Não é trabalho, não é aprendizagem, não é nada disso, trata-se apenas de um contacto social.
Já nos tempos de faculdade achava curioso ver todos os colegas de crachá orgulhosamente ao peito no recinto do congresso ou lá fora, enquanto se ia beber um cafézito - orgulhosamente de crachá ao peito.
Aqui, no peluxeu, retiramos a parte importante da coisa e vamos implementar um sistema de merchandising de calendários mensais do género do apresentado e que incluem já os autocolantes que também aparecem no exemplo. Depois é só colar!.

Perder-me


A Liliana puxou-me para uma eterna questão que me enreda desde os meus 19 ou 20.

A realidade é algo diverso, vasto e, para mal de todos os meus minutos, estranhamente absorvente. Então torna-se fácil ficar preso a algo e perder-mo-nos algures lá no meio. Com uns ocorre mais com a música ou com o cinema, com outros com a noite ou com a net (um dos espaços onde me perco sempre). Alguns embrenham-se no meio do não fazer nada e aproveitar o momento, o espaço, o som, o ambiente (claramente o meu preferido, só, ou bem acompanhado).


E ainda assim tudo isto é válido. Apenas dificil de conjugar com o ter de viver social. Trabalhar, estudar, crescer, subir, ficar rico, ganhar o suficiente para comer ou para pagar um empréstimo..

Para onde vai o peluxeu?

Cá estou de novo na escrita. Talvez o peluxeu ainda não esteja completamente adulto e pronto para viver a sua vida sozinho, mas ainda assim, não está adormecido e tem crescido.

Atinge-me uma questão: o que esperar deste blog após a remodelação de que foi recentemente alvo e que trouxe a participação de quase todos os poucos visitantes habituais para seus co-autores ou colaboradores? O que se pode esperar desta nova etapa? O que cada um de vós que estão aqui a escrever, com uma regularidade maior ou menor, ou que ainda não começaram gostariam que ele fosse? Ou antes, uma vez que estão inseridos neste projecto, como é que o sentem? O que é para vós o blog chamado peluxeu?


Coloquei ( falo na primeira pessoa apenas porque a ideia de o tornar mais aberto partiu de mim...) o desafio a todos vós que receberam o convite para participar sem fazer uma reunião de staff para estruturar uma linha editorial. Por isso, cada um está livre de sentir o projecto como seu; senti-lo e ter uma visão própria sobre o que ele será.
Que pretendem escrever nele, como poderão vir a participar? Faço-vos o desafio em directo. O que escrevem aqui, como o fazem e que rumo darão a este blog no meio dos milhares de blogs que por ai andam sem que muitos deles acrescentem algo de novo?.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Simpsonite


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Homer, Marge, Bart, Lisa, Maggie estão entre os meus amigos coloridos. Para ser mais exacto: duplamente coloridos - no sentido excêntrico e pictórico do termo.
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Traumatismo Ucrâniano

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Cap.. Major Coronel Z (ou C.), suspeito que os tais ucranianos tenham mesmo raptado o recruta Vando!..Proponho a missão "Resgate do Soldado Vando". Desde que não tenhamos que levar o Sr. Spielberg atrelado...Precisamos de usar máxima força. Devíamos Convocar as Recrutas Angi e Paula de Emergência..

Angústia de recruta

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É preciso uma transcendente dose de coragem para dizer sempre a verdade..


É um azar terrível perder a faculdade de mentir..

sábado, setembro 16, 2006

Peluxeu adulto?



Após uma ausência forçada de uma semana volto enfim ao peluxeu. E a verdade é que sinto saudades de lá voltar. Sinto inevitavelmente que interrompi as minhas visitas em momento crítico. Durante uma semana não só não escrevi aqui nada, como não tenho feito nenhuma visita. Aliás, mesmo agora escrevo off-line. No meu interior tenho uma esperança secreta de encontrar um peluxeu adulto, que como um rebento que nasceu das minhas e das mãos do Cláudio começa a buscar o seu rumo, a sua própria existência. Com esta secreta esperança corro o risco de daqui a umas horas me aperceber que durante esta semana este blog esteve adormecido. Essa dúvida existencial desfazê-la-ei mais logo. Por enquanto guardo a esperança de encontrar um peluxeu adulto que me surpreenda e que eu, de certo modo, já desconheça; resumindo, que seja já maior do que eu.
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Outra das coisas que guardo para mais logo, para um horário mais nocturno e, obviamente, para a manhã de domingo (acompanhando o acto com o meu cafézito numa das esplanadas da praia) é a leitura do "Sol", o novo semanário que anda nas bocas do mundo.
O Sol também está na web (O Sol ), mas não se trata de uma página web da versão impressa. Pelo contrário, não dá acesso aos conteúdos. É "apenas" a página oficial do jornal, onde por exemplo estão alojados os blogs dos seus jornalistas.
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A sexta-feira trouxe, para além de um exame chato, uma revista "Dia D" - a revista de economia do Público -, que tem, algures lá no meio um artigo referente ao que se escreveu esta semana no site do freakonomics. Isso não é nada de particularmente relevante no entanto passa a sê-lo pelo facto de isso acontecer pela segunda semana consecutiva o que deixa antever que se tratará de uma rubrica semanal.
Passamos então a ter acesso a algum do conteúdo da página em português...

segunda-feira, setembro 11, 2006

O Pesar do Recruta

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Na vertigem da guerra eminente, tal flui o quotidiano mundial, eu, recruta F, cego de vontade de me preparar, confesso-o: saí muitas vezes descalço para o campo. Imaginando até, enquanto furava os calos borbotados, à noite, na caserna, que da abnegação surgiria o louvor...


Enganei-me, justamente, como é claro. Enganei-me. E o meu senhor capit... Major Coronel Z. alertou-me. Não que se tivesse inibido de umas ameaças (justas, claro, justas!), sexistas à boa maneira da "coisa" militar (porque será que As nossAs recrutAs têm faltado sucessivamente às formaturas?).
Venho por isso a público (restrito restrito este público. De tal forma restrito que talvez devesse dizer: venho por isso a "independente".) retractar-me, em defesa do bom nome deste grupo dos amigos do peluxe (sim, a bem dizer fala-se de música, de bandas, de bola, de carecas e barrigas... só faltam as cartas... Não querem também que chame a isto quartel!!!), e prometer, apresentar-me diariamente em formatura com a indumentária que deixo em fotografia anexa..


Sem outro motivo de momento, despeço-me, cordialmente.

sábado, setembro 09, 2006

@ reading


" Freakonomics"
Steven Levitt e Stephen Dubner
Editora Presença
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Virei agora de rumo e leio algo mais comercial e um sucesso de vendas.
Resumindo trata-se de um homenzinho, por sinal economista daqueles deveras promissor, que olha para as coisas do ponto de vista da economia. Puro engano pensar que este homenzinho olha para o mundo do ponto de vista da inflação e das taxas de juro que, para mal de alguns como eu teimam em subir - aliás, ele até refere que de números percebe pouco... Este homenzinho tenta utilizar os instrumentos da economia tais como os dados que os economistas usam para estudar as coisas e olha para eles de outro ponto de vista.
Será que os lutadores de sumo têm alguma coisa a ver com os professores? Será que ambos falseiam os resultados de modo a conseguir atingir os seus objectivos? Será que vale mesmo a pena contratar uma imobiliária para nos ajudar a vender a nossa casa por um melhor preço? Será que a criminalidade dos jovens decresceu em NY em virtude das politicas de combate à criminalidade ou em consequência da aprovação de uma lei do aborto mais permissiva?
Os fãs podem seguir o trajecto deste economista - Steven Levitt - e do seu colega jornalista na página web do Freakonomics.
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sexta-feira, setembro 08, 2006

BUG (3)

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Este post era desnecessário - absolutamente desnecessário se pensarmos que as evidências costumam falar mais do que as palavras... Ainda assim, não desejo que no seio deste pelotão comecem a correr boatos sobre algum tipo de incapacidade da minha própria pessoa em lidar com a sua própria imagem. E que se viria juntar aos boatos já existentes sobre a minha incapacidade de juntar palavras aleatórias e de as colocar neste blog sob a forma de post ( e que aproveito para dizer que é mentira).

Assim sendo e passando directamente para a parte importante: assumo explicitamente que o que apresenta o cabelo mais rarefeito e cuja testa brilha mais sob acção dessa luz que se aproxima do lado esquerdo do monitor sou mesmo eu. Acusem-se agora os restantes...
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