quarta-feira, setembro 20, 2006

Perder-me


A Liliana puxou-me para uma eterna questão que me enreda desde os meus 19 ou 20.

A realidade é algo diverso, vasto e, para mal de todos os meus minutos, estranhamente absorvente. Então torna-se fácil ficar preso a algo e perder-mo-nos algures lá no meio. Com uns ocorre mais com a música ou com o cinema, com outros com a noite ou com a net (um dos espaços onde me perco sempre). Alguns embrenham-se no meio do não fazer nada e aproveitar o momento, o espaço, o som, o ambiente (claramente o meu preferido, só, ou bem acompanhado).


E ainda assim tudo isto é válido. Apenas dificil de conjugar com o ter de viver social. Trabalhar, estudar, crescer, subir, ficar rico, ganhar o suficiente para comer ou para pagar um empréstimo..

2 comentários:

Anónimo disse...

O Zé vai-te foder, não dizes nada de jeito.

Luis

Fábio disse...

Pois é Caro Luís, em dia ambíguo é preciso perceber que todos temos um umbigo. E todos os umbigos representam uma ligação que nos antecede, nos liga a qualquer coisa. É, na essência, a representação imagética da nossa existência condicionada a um passado, a outros alguéns, e é, por ideal paradoxal aquilo que nos falta na net. Como bem diz o Zé, aqui todos temos liberdade. E tu, independentemente das tuas vontades, és sempre muito bem vido aqui. Deixar o teu testemunho. Dizer\escrever, aquilo que o momento te impõe, aquilo que se torna irreprimivel. Enfim, dizer o que o teu julgamento determina. E o desassombro, a coragem de dizer o que se pensa, é sempre motivo de aplauso.

Não concordarás decerto é em ilibar-te do julgamento dos outros sobre o que dizes. Concerteza que não o quererás. Sujeitas-te galhardamente e de peito aberto a toda a lógica inteligente, perfumada e racional daqueles que te lêm. No fundo és um valente, que hesitou no anonimato, mas no fundo lhe fugiu à última da hora.

Angi, que inteligente.

Zé, que classe.

Um abraço, amigos.