quinta-feira, outubro 05, 2006

Perder amigos

É algo incrivel a facilidade como podemos perder um amigo. Os motivos são sempre diversos mas, em última análise, tudo acaba por advir da importância relativa das coisas e das relações. Hoje podemos ter uma relação óptima com alguém e amanhã e entretanto as prioridades mudam e essa relação hoje óptima passa a razoável ou a nula. Este tipo de percepção sempre me assusta terrivelmente. Não tanto pela perda em si. A perda é algo que dói, mas ainda assim não é para mim essa a parte do terrivelmente. A parte do terrivelmente é sem dúvida a necessidade de rever a intensidade da relação antes da alteração.
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Será que a alteração ocorreria na mesma se a relação fosse outro, mais forte? Será que há pessoas para amizades a prazo? Será que somos nós que tendemos para as amizades a prazo?

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2 comentários:

magarça disse...

Os verdadeiros amigos ficam, vencem marés e tempestades.

Anónimo disse...

Existem vários tipos de amizade… existem aquelas que terminam e aquelas que ficam… ambas podem ter muito valor… a perda também faz parte da vida…

A nossa vida só tem sentido valorizando os momentos que vivemos e as pessoas com quem partilhamos a vida… Por vezes perdemos alguém que significou muito para nós, mas se nos esquecermos da história que vivemos é o mesmo que apagar uma parte da nossa vida… Ter saudades, sofrer por algo que amamos e que perdemos significa que o que vivemos teve valor…

Viver intensamente, amar plenamente é a ideologia que muitos concordamos… mas alguns pensam que a vida só tem um caminho… em frente e que devemos devotar o passado ao esquecimento… que as recordações não trazem felicidade… Parece-me que uma vida preenchida por afectos verdadeiros, mesmo que custem a criar e a perder é uma vida plena e feliz… Uma vida vivida com o coração não garante felicidade… mas ao olhar para trás pode citar-se Pablo Neruda: “Confesso que vivi.”

Amar, sofrer, sorrir, chorar… fazem parte da vida… A amizade verdadeira como o amor verdadeiro não morrem… contudo, o amor como a amizade por vezes não podem ser nossos como imaginamos… partem, mas nunca nos deixam…

:)